#ProjetoCavaquinistaProdutivo

3 Formas de turbinar sua técnica no cavaquinho

Percebo que quando falo sobre técnica com muitos alunos, boa parte deles costumam encarar o assunto como se fosse um tipo de treino mecânico, muito militar e até chato. O fato é que esse estudo é muito prazeroso, mas assim como qualquer treino físico o resultado não aparece da noite para o dia. 

Quem conseguir ter disciplina para encarar os estudos técnicos de uma forma firme (não forte) e relaxada, com certeza vai colher bons frutos.

E falando em estudar de forma relaxada e descontraída, eu vou começar esse post com o ditado que diz: “Todo mundo vê as pingas que eu bebo, mas ninguém vê os tombos que eu levo.” 

E não. Antes que me pergunte, eu não tomei uma pinga para escrever isso hehe. Eu só quero relacionar esse ditado com o nosso mundo de estudos de cavaquinho porque sei que muitas pessoas assistem músicos experientes tocando e acreditam que nunca vão conseguir tocar em um alto nível, porém eu acredito que se você conseguir aprender com os “tombos” que levei ou seguir o método que vou te mostrar, a evolução pode ser muito considerável para você. 

Então vamos lá. 

Para garantir que você não vai perder tempo estudando de um jeito pouco eficiente e se manter firme e inspirado enquanto busca sua evolução, nesse post eu vou te mostrar 3 Formas de turbinar sua técnica no cavaquinho.

Tudo pronto? Bora!

Forma #01 – O Metrônomo é seu amigo, estude com ele.
Alguns estudantes ficam apavorados só de ouvir o nome dele, mas a culpa é deles mesmos, por não saberem como ele funciona, para usá-lo da melhor forma. (Pode ficar tranquilo que eu vou esclarecer as coisas pra você hehe).

O metrônomo é um dos maiores recursos já inventados para nós músicos. Peça para um amigo marcar uma pulsação contínua para você e ele irá oscilar entre cada pulso, use um metrônomo e ele vai manter a pulsação na velocidade que você determinar, sem que uma batida chegue antes ou depois do que deveria.

“Tá bom, Rafa, mas como isso me ajuda a desenvolver minha técnica”? 

Calma hehe, Estou chegando lá!

Como o metrônomo tem uma numeração para nos ajudar a reconhecer quantos BPMs (Batidas Por Minuto) ele está tocando, você consegue monitorar sua evolução técnica facilmente. 

Imagine que você quer adquirir velocidade em um determinado exercício em que deve tocar uma nota por tempo. Se tocar com o metrônomo, você vai precisar emitir cada nota exatamente junto com as batidas dele. Depois que sentir segurança, pode ir aumentando a velocidade do metrônomo e consequentemente a velocidade do seu exercício. 

Para entender melhor porque estudamos com o metrônomo clique aqui para assistir um vídeo curtinho.

Agora pensa comigo, se você consegue estudar técnica diariamente por 05 minutos e aumentar 1 BPM por dia, em um mês você terá aumentado 30 BPMs em seu exercício! 

Sem contar com a evolução da sua consciência rítmica, o controle da ansiedade que muitas vezes temos, quando queremos tocar antes do tempo que deveríamos, e tantas outras coisas que são trabalhadas neste processo. 

Sem dúvidas, estudar com o metrônomo é uma das melhores coisas que podemos fazer para o nosso desenvolvimento técnico musical.


Forma #02 – “Fritando” com seus ídolos.
Existem muitos estudantes que conseguem tocar músicas rápidas e nunca estudaram com o metrônomo. (O que é uma pena rsrs imagine onde eles teriam chegado estudando com o metrônomo).

Mas, a pergunta é: Como eles conseguem evoluir? 

A resposta está no próprio repertório. 

Quando estudamos para decorar uma música, ficamos repetindo várias vezes o mesmo trecho, não é mesmo? Neste processo, vamos criando uma memória muscular do que estamos tocando, assimilando as células rítmicas da música junto com as digitações que estamos usando e adquirindo resistência muscular para conseguir tocar mais tempo e numa velocidade mais rápida. 

Eu lembro quando tinha uns 12 anos de idade que comecei a tirar meus primeiros solos. Repetia várias e várias vezes o mesmo trecho enquanto estudava. Algumas vezes, quando ia tocar com a música, era capaz até de tocar mais rápido do que a gravação, por ter estudado dessa forma. E não estou falando de “parabéns pra você” ou “brilha, brilha estrelhinha”, nessa época eu gostava de solos fritados e cheio de notas e acrobacias no instrumento hehe. 

Viva essa experiência, estude e toque junto com suas músicas prediletas, como se fosse o próprio instrumentista da gravação. Se você estiver tocando mais lento, use algum programa para diminuir a velocidade de música, ou estude por conta (pode ser com o metrônomo) até chegar na velocidade (BPM) dela. Use cada música como um desafio para se tornar mais rápido e aprender coisas novas com os seus ídolos. 

Se quiser sugestões de aplicativos e como eu os utilizo para ter mais produtividade em meus estudos, recomendo que clique aqui e assista a gravação da aula #015 do Projeto Cavaquinista Produtivo. 


Forma #03 – Digitando...
Generalizando, podemos dizer que na maioria das vezes o cavaquinho vai ser encontrado fazendo solos, apenas em músicas do universo do samba ou do choro. O lado bom dessa história é que sabemos que as melodias do samba e do choro, usam muitos recursos em comum, como o uso de arpejos, escalas e suas inflexões.

Agora pensa assim: Se você já sabe o que vai te esperar lá na frente, por que não chegar lá preparado? 

Quero dizer que, se sabemos que para tocar nossas músicas prediletas, usamos escalas e arpejos, por que não estudar as digitações delas por todo o instrumento para conseguirmos tocar elas com mais facilidade e compreendendo o que estamos tocando? 

Por isso é importante praticar as digitações também. 

E não sei se até aqui você já ligou os pontos, mas você pode criar um esquema para estudar, como um ciclo infinito, estudando as digitações (forma 3), usando o metrônomo (forma 1) e então tocando junto com as músicas (forma 2). 

Já pensou o quanto iria evoluir desse jeito?

Não cometa o erro de estudar com apenas uma dessas formas, ou desconsiderando todas elas. Use as ferramentas que foram testadas por vários alunos e professores durante suas vidas e vá ainda mais longe com o seu sonho de tocar um cavaquinho bem tocado. 

Falando mais um pouco sobre digitações e escalas. Ministrei um Workshop de Escalas Maiores onde abordo tanto o lado teórico como as digitações e formas de estudar na prática. São 55 minutos de aula e algumas folhas de material de apoio em PDF que você pode baixar para dar seguimento em seus estudos. Clique aqui ou assista o vídeo abaixo para se aprofundar no assunto. 
Bom, espero que tenha curtido essas 3 Formas de turbinar sua técnica no cavaquinho e esteja disposto a experimentar essa maneira de estudar para levar sua técnica para outro patamar.

Se gostou ou se estiver com alguma dúvida deixe um comentário que eu ficarei muito contente em saber sua opinião e farei o possível para responder todo mundo.  :)

Forte abraço,
Rafael Ciccone
Escreva-se aqui e não perca nenhuma postagem :)
Insira seu e-mail abaixo para receber novos conteúdos

Esses dados serão utilizados para entrarmos em contato com você e disponibilizarmos mais conteúdos e ofertas. Caso você não queira mais receber os nosso emails, cada email que você receber, incluirá ao final, um link que poderá ser usado para remover o seu email da nossa lista de distribuição.

Para mais informações, acesse: https://klickpages.com.br/politica-de-privacidade/

Cadastre-se
João da Silva
Com milhares de seguidores e alunos espalhados pelo mundo, o músico Rafael Ciccone é um dos maiores expoentes no ensino de cavaquinho online. É fundador do grupo de estudos, blog e podcast chamado Projeto Cavaquinista Produtivo, dos cursos Modos Gregos para Cavaquinistas, Curso Rápido de Leitura de Partitura para Cavaquinistas e Cavaquinho Contemporâneo, com maior destaque.

Junte-se a mim nas redes sociais!